A educação está sob ataque. Esta é a conclusão da representante especial da ONU para Crianças e Conflitos Armados, Virginia Gamba, ao comentar o aumento exponencial de casos em que escolas se tornam alvos militares.

Após apresentar seu relatório anual na reunião da 3ª Comissão da Assembleia Geral, nesta quinta-feira, ela conversou com a ONU News e explicou as principais preocupações por trás desse dado.

Segundo Gamba, o aumento de ataques a escolas é marcado por duas tendências. A primeira é de que “os governos estão usando recursos militares sem observar adequadamente as leis internacionais e humanitárias.”

Ela ressaltou que, em média, este tipo de violação é cometido em 80% dos casos por grupos armados e 20% por governos. Porém, em 2022, quase 50% dos ataques foram realizados por forças do Estado.

A segunda tendência tem a ver com a atuação de “grupos armados particularmente violentos e muitas vezes identificados como terroristas pelas Nações Unidas.”

De acordo com Gamba, essas forças “miram nas escolas para destruir a possibilidade de educação, pois o que estão tentando fazer é recrutar pessoas ignorantes.”

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