Desde que atingiu uma máxima histórica em março de 2022, com o início da guerra na Ucrânia, o Índice de Preços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, vem caindo mês após mês.
No entanto, os consumidores não necessariamente sentem a queda chegar na prateleira dos supermercados. Para entender a correlação e aparente falta de repasse da redução ao consumidor, a ONU News conversou com especialistas no Chile e no Brasil.
O representante regional da FAO para América Latina e Caribe, Mario Lubetkin, destacou à ONU News, de Santiago do Chile, que é importante notar que os valores divulgados se referem ao produto bruto, geralmente comercializado em larga escala e que são apenas um fator da composição de preço da cadeia de alimentos.
Ele adiciona que fatores como energia e combustível contribuem na flutuação do preço. Além disso, questões climáticas e geopolíticas também vêm ditando as alterações nos valores dos produtos.
No entanto, na região da América Latina e Caribe, a questão dos insumos agrícolas com a guerra na Ucrânia também afeta diretamente no preço dos produtos alimentares. Isso porque, a região possui uma forte dependência da importação russa.