A grave escassez de combustível em Gaza pode piorar ainda mais as condições catastróficas enfrentadas por milhares de palestinos. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, PMA, existe uma ameaça de paralização da entrega de alimentos e outras operações humanitárias.
O representante da agência nos Territórios Palestinos Ocupados, Samer Abdeljaber, disse que “sem o fornecimento adicional de combustível, as padarias que trabalham com o PMA não poderão mais produzir pão”.
De acordo com ele, no início da crise, 23 estabelecimentos estavam funcionando, mas agora apenas dois têm combustível para produzir pão e em breve “pode não haver nenhum”.
Abdeljaber alertou que “isso seria um golpe terrível para as milhares de famílias que vivem em abrigos e que dependem das entregas diárias de pão.”
Em média, 200 mil pessoas recebem o pão fresco fornecido pelo PMA todos os dias, mas a escassez de combustível está tornando cada vez mais difícil para as padarias operarem. Na quarta-feira, apenas 150 mil pessoas receberam pão.
O representante disse que o povo de Gaza precisa de uma prestação de ajuda contínua a um nível que corresponda às enormes necessidades e reforçou o apelo do secretário-geral por um cessar-fogo humanitário.
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