Gaza se tornou um “cemitério” para crianças e um local onde mais de um milhão delas enfrentam escassez de bens essenciais e traumas profundos que serão carregados por toda a vida.

A afirmação é do chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, que está visitando Israel e o Território Palestino Ocupado e conversou com famílias em Gaza por telefone de Jerusalém Oriental na terça-feira.

O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, James Elder, disse que mais de 3450 crianças foram mortas em Gaza, citando dados do Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.

Outras mil crianças foram dadas como desaparecidas e podem estar presas ou mortas sob os escombros, aguardando resgate.

Falando a jornalistas em Genebra nesta terça-feira, Elder afirmou que “as ameaças vão além das bombas e dos morteiros”. As mortes infantis devido à desidratação são “uma ameaça crescente” no enclave, uma vez que a produção de água de Gaza é de 5% do volume necessário devido a danos na infraestrutura e falta de combustível.

O porta voz do Unicef reiterou os apelos, “em nome de mais de um milhão de crianças em Gaza que vivem este pesadelo”, a um cessar-fogo humanitário imediato e à abertura de todos os pontos de acesso para a entrada sustentada de ajuda humanitária.

“Se tivéssemos um cessar-fogo de 72 horas, isso significaria que mil crianças estariam seguras novamente durante este período”, disse ele.

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